Ao menos quando o assunto é formulação estratégica, há bastante tempo tenho dito que possuir KNOW-WHAT é mais importante do que ter KNOW-HOW.

Estratégia empresarial consiste, basicamente, em encontrar soluções consistentes (geralmente de difícil implementação) para problemas (ou desafios) complexos que atingem as empresas.

Sendo assim, a formulação estratégica se assemelha mais ao processo de PROBLEM-SOLVING do que a tentativa de buscar por respostas em modelos estratégicos pré-concebidos.

Em outras palavras, a criação de estratégias percorre um processo indutivo, não dedutivo.

O ponto de partida da estratégia de negócios é o PROBLEMA, que geralmente se mostra aos administradores de modo fácil de identificar, e complicado de resolver. O primeiro desafio, então, é explorar suas causas e delimitar suas fronteiras, ou seja, descrever em que ele consiste exatamente.

Em seguida, a sua análise permitirá gerar alternativas de solução, cada qual com seus prós e contras. Confrontadas pelas evidências (fatos, não “eu achos”) e os critérios de tomada de decisão, valores e propósito principalmente, as possibilidades tornar-se-ão uma escolha sobre “O QUE FAZER”.

A deliberação sobre a solução mais eficaz para uma situação altamente complexa exige mais do que conhecimento prático e experiência sobre “como” fazer as coisas (how to do). A eficácia estratégica é fruto do JULGAMENTO sobre a melhor alternativa, o melhor caminho a tomar (what to do).

E isso costuma acessar os valores, as habilidades, as competências e as percepções dos tomadores de decisões, ou seja, sua SABEDORIA para escolherem “o que deve ser feito” para resolver determinado problema.